Depois de alguns anos, meu trevo roxo ganhou uma nova casa.
3 minuto(s) de leitura.Há muitos anos, na casa dos meus pais, havia um pátio com terra. Neste pátio, haviam várias plantas, algumas plantadas por nós, outras que simplesmente nasceram ali e, por serem bonitinhas, acabaram ficando. Este último caso se aplica ao meu trevo roxo.
Para quem não sabe, o trevo roxo, de nome científico Oxalis Triangularis, é uma planta nativa da América do Sul, principalmente do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, mas se estendendo para outros países também.
Ela é uma planta perene e que se reproduz por bulbos subterrâneos. Dos bulbos parte um pequeno caule e a partir dele, longos pecíolos, onde se desenvolvem as folhas. Por ser um trevo, cada pecíolo possui em seu final 3 folhas, todas elas triangulares e roxas. Daí seu nome. O mais legal, tirando o fato dela ser roxa, é que suas folhas abrem durante o dia e fecham-se durante a noite, um movimento muito bonito.
Apesar do destaque ser suas folhas, ela também possui pequenas flores, cada uma com 5 pétalas e de cor lilás (é isso mesmo? Sou péssimo para identificar cores).
Sempre achei essa planta bem bonita e simpática, e sabendo que era uma espécie da nossa região, gostei ainda mais. Lá por volta de 2017, resolvi pegar alguns bulbos da casa dos meus pais e plantar num vasinho. Peguei o primeiro vaso que encontrei, um de plástico preto, bem comum. Era para ser algo provisório, mas o provisório acabou se tornando quase permanente.
Houveram algumas vezes nas quais até tentei comprar um vasinho novo para ela, mas sempre acabava desistindo por não achar um que me agradasse. Eis que, em janeiro deste ano, fui entregar alguns materiais de decoração para uma decoradora daqui da cidade. Enquanto olhava o acervo dela, me deparei com um vaso que gostei muito. Conversa vai, conversa vem, ela me contou que ela mesma produz os vasos, e que iria me dar aquele que eu tinha gostado. Obviamente não neguei o presente, afinal ali estava o bendito vaso que há tanto tempo eu queria!
O único porém dele é que havia uma rachadura, e através dessa rachadura água iria vazar. Para resolver o problema, comprei uma caixinha de massa epóxi e revesti toda a parte interna do vaso. Esperei secar e lixei para emparelhar e ficar bonito (minha cabeça não iria descansar mesmo sabendo que tudo estaria tapado por terra).
Peguei os bulbos do vasinho de plástico, cortei os pecíolos e replantei as batatinhas na terra nova, que veio direto da minha composteira. O resultado pode ser visto abaixo, a planta rapidamente se recuperando e crescendo absurdamente rápido e sadia. Fiquei contente que finalmente minha plantinha tem uma nova casa bonita e espaçosa.
18/02/22 - Foto do vaso novo, já com a terra, um dia depois da mudança.
21/02/22 - quatro dias depois da mudança, o primeiro pecíolo começa a aparecer.
24/02/22 - sete dias.
01/03/22 - doze dias.
10/03/22 - vinte e um dias.
17/03/22 - vinte e oito dias.
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Ooh, that’s why I’m easy •
I’m easy like Sunday morning •
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Commodores - Easy